Tinta de água sobre papel e não só!

Na pintura com tintas de água, como em tantas outras atividades, apenas se escutavam os sons das crianças, não tendo havido a intervenção direta do adulto. A este coube-lhe a grande responsabilidade de preparar o material e o espaço, de modo a proporcionar a melhor forma de exploração.

A criança atuou por sua própria iniciativa e interagiu autonomamente com os materiais, de acordo com o interesse demonstrado.

À medida que agia sobre o material, observava o que acontecia ao mexer nas tintas, ao sacudir as mãos e ao ver a tinta a espalhar-se pelo espaço. Repetia os seus movimentos e experimentava outros e observava, novamente, o que sucedia.

O papel colado no chão passou a ter cores e texturas, devido à sobreposição de camadas de tinta que as pequenas mãos prazerosas, de algumas crianças, tão atentamente misturavam.

A dimensão do papel passou a ser reduzido para tão grande exploração, pelo que vidros, espelhos, paredes, aquecedor e chão “sofreram” salpicos, dedadas, pegadas ou manchas que inadvertidamente caíram.

Desta experiência o que é que os adultos, mais uma vez, aprenderam?

Para além de outras, A IMPORTÂNCIA DO SILÊNCIO. O silêncio é o nosso maior aliado nestas explorações!

E as crianças?

Estas, ao experimentarem, constataram que as suas ações têm um efeito sobre e com os materiais, obtendo, também, uma “resposta”. Assim, começam a agir cada vez com maior intencionalidade e, deste modo, desenvolvem as suas competências cognitivas.

Esta é uma forma de explicar a importância que a criança tem em querer repetir experiências e o papel preponderante que o adulto tem em proporcionar-lhe estas e outras oportunidades!