Afinal há muitos cinzentos…
Durante a descoberta dos círculos encontrámos pratos de papel de diferentes tamanhos na nossa sala.
Para que servem os pratos de papel? "Para comer!" - Diziam os mais pequenos, já a pensar nas belas refeições que poderiam fazer utilizando aqueles pratos. Rapidamente essa ideia foi colocada de parte e começaram a descrever o que estavam a ver.
- Estes são gandes e aqueles pequeninos
- São redondos
- São cículos
- Parecem folhas
- Vamos pintar? O que podemos fazer?”
O desafio era simples… Construir um elefante, fantoche, para utilizarmos na gravação do Videobook da Quinta da Amizade. Desafio lançado e aceite! Começamos a organizar uma lista do material necessário: cola, fita cola, tesouras, papel, tintas, pincéis... Durante a listagem, colocou-se a seguinte questão: De que cor vamos pintar o elefante?
- Azul, roxo, rosa, verde, amarelo – diziam uns.
- Não! Pois não?! O elefante é cinzento, olha ali! – dizia outra criança, cheia de convicção e com um pouco de indignação à mistura pelos amigos estarem a dizer outras cores.
Mal a criança falou surgiu um silêncio na sala, silêncio de quem estava a refletir no que foi dito.
E... Será que o cinzento é todo igual? Podemos ter elefantes com diferentes cinzentos?
Foi assim que surgiu o mote para a nossa experiência, em diferentes recipientes misturámos tinta branca com diferentes proporções de tinta preta e no final observámos o resultado que obtivemos… diferentes cinzentos que ordenámos, do mais claro ao mais escuro, despertando a atenção das crianças para um dos elementos expressivos da comunicação visual que é a tonalidade das cores.
Com estas variedades de cinzento começámos a pintar os nossos cículos para, posteriormente, construirmos o nosso elefante! As nossas crianças dizem que não nos podemos esquecer de colocar os olhos, a boca e o nariz, ou melhor dizendo, a tromba. Essa questão já originou um novo debate entre o grupo. Curiosos para descobrir qual é?